miércoles, 5 de noviembre de 2014

MOV.FAM.CRISTIANO BRASIL. SINODO FAMILIA, DESAFIOS...( II )

“Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização”.
Eis a íntegra da mensagem:
“Nós, Padres Sinodais reunidos em Roma junto ao Santo Padre na Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, nos dirigimos a todas as famílias dos diversos continentes e em particular àquelas que seguem Cristo, Caminho, Verdade e Vida.
Manifestamos a nossa admiração e gratidão pelo testemunho cotidiano que vocês oferecem a nós e ao mundo com a vossa fidelidade, a vossa fé, esperança e amor.
Também nós, pastores da Igreja, nascemos e crescemos em uma família com as mais diversas histórias e acontecimentos. Como sacerdotes e bispos encontramos e vivemos ao lado de famílias que nos narraram em palavras e nos mostraram em atos uma longa série de esplendores mas também de cansaços.

A própria preparação desta assembleia sinodal, a partir das respostas ao questionário enviado às Igrejas de todo o mundo, nos permitiu escutar a voz de tantas experiências familiares. O nosso diálogo nos dias do Sínodo nos enriqueceu reciprocamente, ajudando-nos a olhar toda a realidade viva e complexa em que as famílias vivem.
A vocês apresentamos as palavras de Cristo: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo” (Ap 3,20).
Como costumava fazer durante os seus percursos ao longo das estradas da Terra santa, entrando nas casas dos povoados, Jesus continua a passar também hoje pelos caminhos das nossas cidades.
Nas vossas casas se experimentam luzes e sombras, desafios exaltantes, mas às vezes também provas dramáticas. A escuridão se faz ainda mais densa até se tornar trevas, quando se insinua no coração mesmo da família o mal e o pecado.
Existe, antes de tudo, o grande desafio da fidelidade no amor conjugal, enfraquecimento da fé e dos valores, individualismo, empobrecimento das relações, stress de um frenesi que ignora a reflexão, marcam também a vida familiar.
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Se assiste, assim, a não poucas crises matrimoniais, enfrentadas frequentemente em modo apressado e sem a coragem da paciência, da verificação, do perdão recíproco, da reconciliação e também do sacrifício.
Os fracassos dão, assim, origem a novas relações, novos casais, novas uniões e novos matrimônios, criando situações familiares complexas e problemáticas para a escolha cristã.
Entre estes desafios queremos evocar também o cansaço da própria existência. Pensemos no sofrimento que pode aparecer em um filho portador de deficiência, em uma doença grave, na degeneração neurológica da velhice, na morte de uma pessoa querida.
É admirável a fidelidade generosa de muitas famílias que vivem estas provações com coragem, fé e amor, considerando-as não como alguma coisa que é arrancada ou infligida, mas como alguma coisa que é doada a eles e que eles doam, vendo Cristo sofredor naquelas carnes doentes.
Pensemos nas dificuldades econômicas causadas por sistemas perversos, pelo “fetichismo do dinheiro e pela ditadura de uma economia sem rosto e sem objetivo verdadeiramente humano” (Evangelii gaudium 55), que humilha a dignidade das pessoas.
Pensemos no pai ou na mãe desempregados, impotentes diante das necessidades também primárias de suas famílias, e nos jovens que se encontram diante de dias vazios e sem expectativas, e que podem tornar-se presa dos desvios na droga e na criminalidade.
Pensemos também, na multidão das famílias pobres, naquelas que se agarram em um barco para atingir uma meta de sobrevivência, nas famílias refugiadas que sem esperança migram nos desertos, naquelas perseguidas simplesmente pela sua fé e pelos seus valores espirituais e humanos, naquelas atingidas pela brutalidade das guerras e das opressões.
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Pensemos também nas mulheres que sofrem violência e são submetidas à exploração, no tráfico de pessoas, nas crianças e jovens vítimas de abusos até mesmo por parte daqueles que deveriam protegê-las e fazê-las crescer na confiança e nos membros de tantas famílias humilhadas e em dificuldade.
“A cultura do bem-estar nos anestesia e (…) todas estas vidas decepadas pela falta de possibilidades nos parecem um mero espetáculo que não nos perturba de nenhum modo” (Evangelii gaudium, 54). Fazemos apelo aos governos e às organizações internacionais para promoverem os direitos da família para o bem comum.
Cristo quis que a sua igreja fosse uma casa com a porta sempre aberta na acolhida, sem excluir ninguém. Somos por isso agradecidos aos pastores, fiéis e comunidades prontos a acompanhar e a assumir as dilacerações interiores e sociais dos casais e das famílias.


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