sábado, 12 de octubre de 2013

MOV. FAMILIAR CRISTIANO DE BRASIL, COMENTA HELIO AMORIM

HELIO AMORIM.  SUGIERE UN CAMBIO AL VIEJO DICHO, "ENSEÑAR A PESCAR..."  POR" DADLE PRIMERO DE COMER UN PESCADO, PARA QUE NO MUERA DE HAMBRE !!"

As práticas sociopolíticas.
            Helio Amorim
Movimento Familiar Cristão
           
Aquela velha história do peixe e do anzol procura recuperar o valor de ações promocionais ante a pobreza, mas convém ser realista e corrigir o enunciado antigo. Com efeito, a quem está com fome, vamos primeiro dar o peixe para que não morra e só depois da fome vencida ensinar-lhe a pescar.
http://fsindical-rs.org.br/noticias/capa/beneficios-aprovados-pescadores.jpg
Mas isto não basta, nesse modelo injusto de sociedade excludente e
opressora. A maioria absoluta dos que trabalham não consegue usufruir do produto do seu trabalho. Produz alimentos mas passa fome. Produz bens que nunca poderá possuir.
Constrói boas casas mas mora em barracos miseráveis. Os donos das máquinas e das fábricas, das fazendas e usinas, aqueles que investem seu capital na produção possuirão tudo o que braços e mentes produzirão. Aos trabalhadores pagarão salários insuficientes para comprar as coisas que produzem. Quer dizer, aquele que pesca não tem o direito de comer o peixe que pescou.
Este é o complemento daquele ditado.
Essa equação cruel faz parte da lógica do sistema capitalista em sua forma habitualmente selvagem, que hoje se reveste de uma vistosa e enganosa roupagem chamada neoliberal. Tudo será regulado pelo deus-mercado, cuja "mão invisível" cuidará que as tensões se equilibrem magicamente, dela resultando misteriosamente a justiça social e a paz, com igualdade de oportunidades para todos, numa sociedade igualitária e feliz.
O que observamos, mesmo os mais distraídos, é que essa utopia multissecular de Adam Smith nunca se realizou, em nenhuma parte do mundo. Somente os países mais ricos conseguem se aproximar desse sonho utópico, à custa da histórica exploração dos países menos desenvolvidos, condenados à eterna pobreza e atraso.
Voltando ao pobre pescador, percebemos que esses mecanismos espoliadores são próprios de estruturas socioeconômicas desumanizadoras intoleráveis. O cristão conscientizado identifica essas engrenagens. Em sua ação profética, denuncia a sua maldade intrínseca. Também compreende que a denúncia não é suficiente. É urgente transformar essa realidade contrária ao projeto de Deus.
Essas transformações somente acontecerão por via política. O cristão é chamado a uma atuação política efetiva, num leque amplo de possibilidades e alternativas eficazes. Além da militância ativa em partidos políticos, são inúmeras outras as oportunidades de ações dessa natureza através da participação nas múltiplas estruturas sociais intermediárias existentes ou que podem ser criadas.
Paulo VI, na "Octogesima Adveniens" afirma que a ação política é uma das mais nobres maneiras de o cristão atuar no mundo, para transformá-lo.
A política, em suas variadas expressões, é o instrumento próprio para perseguir-se esse objetivo. É espaço a ser ocupado pelos cristãos, como opção de fé.
http://www.akatu.org.br/Content/Akatu/Arquivos/image/04_09_27_sociedade_civil.JPG
Então podemos reescrever o pensamento famoso: “a quem tem fome, dar o peixe, antes que morra; logo que possível, vencida a fome, dar-lhe o anzol e ensinar-lhe a pescar, mas também assegurar-lhe esse direito, para que não fique para sempre dependente do dono do pesqueiro; em seguida, juntar-se a ele na luta política pelo direito de comer o peixe que pescou”.


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